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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Ou soma, ou some!


Como assim? As pessoas que, de uma ou outra maneira, fazem parte de nossa trajetória não somam sempre para nosso crescimento pessoal?
Pois é, afirmativa permeia as redes sociais e foi exatamente desse modo que a ouvi. Mas, o que significa exatamente?
Para os conhecedores de filosofia, nada mais é do que o bom e velho utilitarismo desenvolvido por Bentham (1748-1832) e Stuart Mil (1806-1873). O Utilitarismo afirma que ações são boas quando promovem a felicidade coletiva, e más quando ocasionam o oposto. Levando em consideração o coletivo seria algo como promover bem-estar social.
Entretanto, quando empregada na esfera das relações pessoais, as suas implicações se tornam distorcidas, pois se eu descarto as pessoas porque não me oferecem vantagens ou favores, estou dizendo taxativamente que estou sempre buscando explorar as pessoas. Ou ainda, que as pessoas devem se moldar para atender aos meus gostos e interesses sob pena de serem alijadas da minha “divina presença”?
Nesse contexto devo então concordar com a corrupção e todas as formas de crimes aplicados na intenção de auferir privilégios, ganhos e seja lá o que for?
Partindo dessa premissa devo inferir que a amizade, o amor e a solidariedade são apenas maneiras de alcançar algo que almejo?
Bem, não sei qual a opinião das pessoas de modo geral. No entanto, acredito no amor e na amizade verdadeiros e gratuitos, na solidariedade apenas pelo amor ao próximo. Ainda acredito no riso leve e desinteressado das pessoas que possuem um afeto verdadeiro.